sábado, 29 de dezembro de 2012

FILME: As aventuras de Pi

Gente,

Vi o trailer deste filme e fui ao cinema esperando assistir um filme de ação, com muitos animais, e só.

Me surpreendi com a história deste filme. O personagem principal apresenta uma compreensão da vida, dos mistérios, das religiões e de Deus como eu nunca havia visto em um filme.

Recomendo, muito!

Vá ao cinema e assista "As aventuras de Pi"!



quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fim do fim do mundo (que nunca começou)


Só há um medo a respeito de amanhã, do dia 21/12/2012, do calendário Maia, do fim do mundo, e de qualquer coisa que possa existir na vida: O medo da morte.

A morte, "o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre." (CHICÓ - Auto da compadecida)

Para Osho: "só é possível relaxar quando a morte é uma certeza. Relaxar é difícil quando as coisas são incertas. Se você souber que você vai morrer hoje, todo o medo da morte irá desaparecer. Qual o sentido de desperdiçar tempo? Você tem um dia para viver: viva tão intensamente quanto possível, viva tão totalmente quanto possível.

(...)

Existem duas maneiras de viver.
Uma é à maneira do Búfalo. Ele vive horizontalmente, numa linha simples.
A outra é à maneira do Buda. Ele vive verticalmente, na altura e na profundidade. Assim cada momento pode se tornar uma eternidade."


Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida

Raulzito - Canto Para minha morte

Leia mais: 

http://www.osho.com/Main.cfm?Area=Magazine&Sub1Menu=HaveATaste&Sub2Menu=emotionalecology&AddURLArgs=?Nr=46

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O ritual do Pagode

Este blogue é um blogue bem geral, e por isso eu coloco de tudo aqui...

Ando ponderando muito sobre a questão do negro, as religiosidades brasileiras, a musicalidade brasileira, etc.

Segue um texto de Martinho da Vila sobre "o Ritual do Pagode"



O RITUAL DO PAGODE


Batuques, pagodes, partidos-altos, batuqueiros, pagodeiros e partideiros se confundem e se fundem, desde o início quando tudo começou nas senzalas.

Há diferenças musicais imperceptíveis entre o partido alto e o samba de partido-ato. Este é quase um samba de terreiro atualmente chamado de “quadra” que são feitos para animar os ensaios. Tem a primeira parte definida e a segunda improvisada em maiores regras. Já o partido-alto é composto com um refrão e uma parte improvisada em cima do tema. Tem característica rítmica definida e maneira especial de dançar. O partido-alto creio eu surgiu nas rodas de batucadas que já não existem mais...Ah! como eram emocionantes. Nas escolas de samba, quando terminavam os ensaios e as visitas iam embora, começavam as batucadas.

Eram um barato! Recolhidas as peças de bateria, ficavam somente um ou dois pandeiros. Formavam-se uma roda, o partideiro puxava o refrão, a turma repetia e firmava o compasso com palmas de mão. Seguia-se um desafio de versos e pernadas. No meio da roda, um partideiro animando e um outro “plantado”, isto é, parado com os calcanhares juntos, braços abertos para equilibrar melhor o corpo, joelhos meio dobrados e olhos atentos nos pés de um outro, que dançava para distraí-lo, devagar, devagarinho, gingando e fazendo mesuras para, repentinamente manda-lhe uma rasteira. Podia se dançar em volta do “plantado”, mas não se dava rasteira por traz, isto é, ninguém “pegava” pelas costas, muitos preferiam “plantar” com os joelhos e ponta dos pés unidos, calcanhares separados, mais em ambos os casos, o ”plantado” não podia se mexer. Os mais folgados plantavam com uma perna só e a outra fazendo um quatro, o que facilitava muito o corcoveio ou o salto de banda, mas, nesta posição o parceiro preferia sempre bater “o firme” e quando pegava de jeito a queda era feia. Muitos braços se quebravam nas batucadas. Alguns especialistas batiam de “letra” o parceiro caia de lado. Era desmoralizante. Neste caso o batuqueiro que aplicava a “letra”, corria o risco de cair se o “plantado” estivesse bem firma no chão. Mais desmoralizante ainda. O “amarrado”, era a pernada mais bonita. Com o joelho desequilibrava-se o parceiro e encaixava-se o gancho com a mesma perna. Não era necessário força e a queda era lenta.

Os grandes batuqueiros eram chamados de “pernas”. Lucas era um reduto de “pernas”. Eu ainda miúdo batuquei com muitos “pernas” famosos como Timboca, Juarez, o Ailton Cuiqueiro e o Murilão, todos da Boca do Mato, bem como o Clovis e o Valdô Tigre, ambos da Água Santa, ou o Jonjoca e o Xisto, mestre-sala da Cachoeirinha e o Tidoca do Cabuçu. O Guarnair da Chave de Ouro, no Tabuleiro da Bahiana, na Cachoeirinha, na Cachoeira e nos piqueniques da Moreninha e Paquetá, locais de reunião de grandes batuqueiros.

As batucadas se acabaram, mas a dança do partido alto ficou. E como é bonito nos pés do Ubirani do Cacique, bem como nos pés do Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara, Itacy do Império, Tia Nenen e Tia Zezé do Salgueiro, Genilsom Veneno da Mangueira, Dona Doca e toda a Velha Guarda da Portela.

Enquanto o canto do partido ganhou novas formas, penetrou nos grandes acontecimentos musicais, entrou no disco e atingiu o consumo, os pagodes onde são incluídos todas as formas de samba dançavel livremente, foi chegando de mansinho e continua ganhando terreno. Dos fundos de quintal dos subúrbios, foi para as portas de botequins, no centro da cidade, casas noturnas, teatros.

O pagode é uma festa e como gênero de música é qualquer samba com a linguagem e temas do cotidiano. A Fina Flor do Samba, no Teatro Opinião era um grande pagode assim como foi também o Zicartola, organizado em 64 na rua da Carioca e, mais ou menos na mesma época Candeia organizava o grupo de pagodeiros registrado em disco como Mensageiros do Samba, do qual faziam parte o próprio Candeia tocando cuíca, e mais, Casquinha, Bubu, Davi do Pandeiro, Arlindo e Picolino. O Zicartola deu origem ao grupo Rosa de Ouro formado por Paulinho da Viola, Nelson Sargento, Jair do Cavaquinho, Elton Medeiros, Anescarzinho, Aracy Cortes e Clementina de Jesus. Que maravilha era o Rosa de Ouro! Alguns anos depois o grupo passou a se chamar Os Cinco Crioulos com Mauro Duarte em lugar de Paulinho da Viola que ganhava vida própria, assim como Aracy e Clementina. Zé Keti também na briga deu a sua colaboração com o grupo A Voz do Morro, que no duro do duro, era a mesma patota: Elton, Jair, Anescarzinho e Paulinho acrescido de Zé Keti, Oscar Bigode e Zé Cruz que tocava chapéu de palha e depois o grande Nelson Sargento. O pagode já está acontecendo no ambiente familiar dos apartamentos.

Pra se formar um pagode em casa, basta reunir um grupo de amigos que esteja a fim de vadiar em comunidade, servir cachaça, cerveja e batida como bebida; mortandela, salaminho e pastel ou qualquer outro salgadinho como petisco. Colocar um disco na vitrola e deixar o pessoal batucar em cinzeiros, garrafas, copos, pratos, panelas, cada um a sua maneira, tentando acompanhar o ritmo. Os mais desinibidos devem incentivar os outros a libertar o corpo, soltar as gargantas, mexer com as mãos. Devagarinho vai se criando o clima, e antes da terceira hora o pagode esta formado. Por favor, nada de serviçais uniformizados. Misturem os empregados com as revistas, pois negro trabalhando em pagode sem poder participar é tortura. Bem, fica melhor sem aparelhagem de som, mas tem que ter uma boa turma que esteja por dentro dos refrões e partidos, um que toque tan-tan, outro pandeiro, um outro mais cavaquinho em pagodeiro que saiba puxar os sambas que a gente bota no ar, mas não podem faltar os sons do Zeca Pagodinho, do Almir Guineto, Bezerra da Silva, Grupo Fundo de Quintal...

No dia seguinte, uma sensação de liberdade, assobios pelas ruas, mãos batucando nos volantes do trânsito congestionado.

Atenção! É importante que as bebidas quentes sejam trazidas pelos convidados e que as geladinhas sejam compradas na hora, aos poucos, com todos participando da vaquinha.
Tem mais. Pagode sem mulher dando sopa não dá pé e só fica realmente “da pesada” quando rola uma sopa com várias colheres no mesmo prato pra se tomar em conjunto. É o ritual.


Texto extraído da contracapa do disco Martinho da Vila Batuqueiro (1986), gravadora RCA.



sexta-feira, 9 de novembro de 2012

OSHO - Inteligencia e rebeldia

Inteligência: Sabotadora do Status Quo

A miséria não necessita de nenhum talento, qualquer um pode consegui-la. A felicidade precisa de talentos, gênio, criatividade. Somente as pessoas criativas são felizes.

Deixe isso penetrar fundo em seu coração: somente as pessoas criativas são felizes. Felicidade é um subproduto da criatividade. Crie alguma coisa e você será feliz. Crie um jardim, deixe-o florescer e alguma coisa florescerá em você. Crie uma pintura e algo começa a crescer em você com o crescimento da pintura. Quando a pintura chega ao fim, enquanto você está dando os últimos retoques na pintura, você verá que você não é mais a mesma pessoa. Você está dando os últimos retoques para algo que é muito novo em você.
Escreva um poema, cante uma canção, dance uma dança e veja: você começa a ficar feliz. A existência apenas lhe deu uma oportunidade de ser criativo: a vida é uma oportunidade de ser criativo. Se você for criativo, você será feliz.

Quando você quer escalar o mais alto pico das montanhas, isso é árduo. E quando você alcança o pico e você deita para descansar, murmurando com as nuvens, olhando para o céu, a alegria que preenche seu coração; essa alegria sempre chega quando você alcança algum pico de criatividade.

É preciso inteligência para ser feliz, e as pessoas são ensinadas a permanecer não inteligentes. A sociedade não quer que a inteligência floresça. A sociedade não necessita de inteligência; na verdade a sociedade tem muito medo da inteligência. A sociedade precisa de pessoas estúpidas. Porque? Devido a que pessoas estúpidas são manipuláveis. As pessoas inteligentes não são necessariamente obedientes; elas podem obedecer, elas podem não obedecer. Mas a pessoa estúpida precisa de alguém para comandá-la, porque ela não possui nenhuma inteligência para viver por si própria. Ela quer alguém para dirigi-la; ela procura e busca seus próprios tiranos.

Os políticos não querem que a inteligência aconteça no mundo, os sacerdotes não querem que a inteligência aconteça no mundo, os generais não querem que a inteligência aconteça no mundo. Ninguém realmente a deseja. Eles querem que todo mundo permaneça estúpido, assim todo mundo é obediente, conformista, nunca sai fora do rebanho, permanece sempre parte da multidão, é controlável, manipulável, manobrável.

A pessoa inteligente é rebelde. Inteligência é rebelião. A pessoa inteligente decide por si própria se diz sim ou não. A pessoa inteligente não pode ser tradicional, ela não pode continuar adorando o passado; não há nada no passado para ser adorado. O inteligente deseja criar um futuro, deseja viver no presente. Seu viver no presente é seu jeito de criar o futuro.

A pessoa inteligente não se apega ao passado morto, não carrega cadáveres. Por mais belos que tenham sido, por mais preciosos, ele não carrega cadáveres. Ele acabou com o passado; este se foi e se foi para sempre. Mas o tolo é tradicional. Ele está pronto para seguir o sacerdote, está pronto para seguir qualquer político estúpido, pronto para seguir qualquer ordem; qualquer um com autoridade e ele está pronto para se jogar aos seus pés. Sem inteligência não pode haver nenhuma felicidade. O homem só pode ser feliz se for inteligente, totalmente inteligente.
A meditação é o meio de liberar sua inteligência. Quanto mais meditativo você for, mais inteligente você se torna. Mas lembre-se, por inteligência não quero dizer intelectualidade. Intelectualidade é parte da estupidez.

Inteligência é um fenômeno totalmente diferente, ela não tem nada a ver com a cabeça. Inteligência é algo que vem de seu próprio centro. Ela brota em você e com ela muitas coisas começam a crescer em você. Você se torna feliz, você se torna criativo, você se torna rebelde, você se torna aventureiro, você começa a amar a insegurança, você começa a se mover para o desconhecido. Você começa a viver perigosamente porque essa é a única maneira de viver.

Para as pessoas estúpidas existem super avenidas onde as multidões se movimentam. E por séculos e séculos elas têm estado se movimentando, indo a lugar nenhum, girando em círculos. Assim você tem o conforto de que você está com muitas pessoas, você não está só.

Inteligência lhe dá a coragem de estar só e a inteligência lhe dá a visão para ser criativo. Surge um grande anseio, uma grande fome para ser criativo. E só assim, como uma conseqüência, você pode ser feliz, você pode estar contente.

Osho, Extraído de: The Book of Wisdom

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Droga.


 “Tomar LSD foi uma das duas ou três coisas mais importantes de minha vida”

Steve Jobs   -   idealizador do computador pessoal, fundador da Apple.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Além dos Hábitos

Muito boa essa fala do Osho, uma maneira simples e sem mistééérios de se ver a vida.

Recomendo!


Extraído de osho.com

ALÉM DOS HÁBITOS 
Não posso abandonar o hábito de fumar continuamente. Tenho tentado arduamente, mas sempre fracassei. Fumar é pecado?
Não faça de um montículo uma montanha! Os religiosos são pessoas muito habilidosas em fazer isso. Agora, o que você está realmente fazendo quando você está fumando? Apenas levando alguma fumaça para dentro de seus pulmões e expelindo-a para fora. Isso é um tipo de pranayama... Imundo, sujo, mas ainda um pranayama! Você está fazendo yoga, de uma maneira estúpida. Isso não é um pecado. Pode ser uma bobagem, mas certamente não é um pecado.
Existe somente um pecado que é a inconsciência, e somente uma virtude que é a consciência.
O que quer que você esteja fazendo, permaneça uma testemunha a isso e imediatamente a qualidade do seu fazer é transformada.
Não lhe direi para você não fumar; isso você já tentou. Os assim chamados santos já lhe disseram para você não fumar: “Porque se você fumar você irá para o inferno”. Deus não é tão estúpido como os seus santos. Lançar alguém no inferno apenas porque ele estava fumando cigarros é absolutamente desnecessário.

Certa manhã, Weintraub foi a um restaurante e pediu bacon com ovos. Ele era um judeu ortodoxo e sua esposa mantinha uma alimentação (kosher) restrita em casa, mas Weintraub sentiu a necessidade apenas essa vez. Quando Weintraub estava para deixar o restaurante, ele parou na porta congelado pelo terror. O céu estava repleto de nuvens negras, com muitos relâmpagos e o chão sacudia com o estrondo do trovão.
“Você pode imaginar!” Ele exclamou. “Todo esse barulho por causa de um pequeno pedaço de bacon!”

Mas isso é o que seus assim chamados santos vêm dizendo a vocês através dos tempos, por séculos.
Fumar é danoso a saúde, anti-higiênico, mas não é um pecado. Torna-se um pecado somente se você fumar inconscientemente. Não é o fumar que faz disso um pecado, mas a inconsciência.
Deixe-me enfatizar o fato. Você pode fazer sua oração todo dia inconscientemente; então sua oração é um pecado. Você pode se tornar viciado em suas orações. Se um dia você perder a oração, pelo resto do dia você irá sentir que alguma coisa está errada, algo está faltando... Algum vazio. É o mesmo com o fumar ou com o beber; não há nenhuma diferença nisso. Sua oração tornou-se um hábito mecânico; tornou-se um mestre sobre você. Ele lhe controla; você é apenas um servo, um escravo disso. Se você não fizer isso, o hábito lhe força a fazê-lo.
Portanto não é uma questão de fumar. Você pode estar fazendo sua Meditação Transcendental regularmente todos os dias e isso pode ser exatamente o mesmo. Se a qualidade da inconsciência estiver presente, se a mecanicidade está lá, se isso se tornou uma rotina fixa, se isso se tornou um hábito, assim você é uma vítima do hábito e não pode abandoná-lo, você não é um mestre de si mesmo, então isso é um pecado. Mas esse pecado procede da sua inconsciência, não da ação em si mesma.
Nenhum ato é virtuoso, nenhum ato é um pecado. Qual consciência está por trás do ato? Tudo depende disso.
Você diz: “Não posso abandonar o hábito de fumar um cigarro após outro”. Estou pouco interessado no seu fumar inveterado; estou mais interessado em seu hábito. Qualquer hábito que se torna uma força, uma força dominante sobre você, é um pecado. Devemos viver mais livremente. Devemos ser capazes de fazer coisas não de acordo com hábitos, mas de acordo com as situações.
A vida está continuamente mudando – é um fluxo – e hábitos são estagnantes. Quanto mais você estiver cercado por hábitos, mais você estará fechado para a vida. Você não está aberto, você não tem janelas. Você não possui nenhuma comunicação com a vida; você vai repetindo seus hábitos. Eles não se ajustam, eles não são a resposta certa para a situação, para o momento. Eles estão sempre atrasados, eles são sempre insuficientes. Esse é a fracasso de sua vida.
Então lembre-se: Sou contra todos os tipos de hábitos. Bom ou ruim não é a questão. Não existe coisa tal como hábito bom. Todos os hábitos são ruins porque hábito significa que algo inconsciente tornou-se um fator dominante em sua vida, tornou-se decisivo. Você não é mais o fator decisivo. A resposta não está vindo da consciência, mas de um padrão, de uma estrutura que você adquiriu no passado.

Tenho visto muitas pessoas ricas vivendo vidas muito pobres. Antes deles se tornarem ricos seus hábitos se estabeleceram – e seus hábitos se estabeleceram quando eles eram pobres. Eis porque você encontra tanta miserabilidade nas pessoas ricas; isso procede dos hábitos que ficaram entranhados neles quando eles eram pobres.
Um dos homens mais ricos do mundo – não um dos mais ricos, mas o homem mais rico do mundo, se pensava que - era o Nizam de Hyderabad. Sua coleção de diamantes era a maior do mundo porque ele era dono da mina de diamantes de Golconda, a qual forneceu os maiores diamantes do mundo. O Kohinoor vem de Golconda. Que já foi propriedade de Nizam. Ele tinha tantos diamantes que diziam que ninguém nunca foi capaz de calcular exatamente o preço de sua coleção. Milhares e milhares de diamantes – Eles não eram contados, eram pesados!
Mas ele era um dos homens mais miseráveis do mundo. Ele usou um simples boné por trinta anos. Este estava fedendo, mas ele não o trocava. Ele continuou a vestir o mesmo casaco por quase toda sua vida e ele não o dava para ser lavado porque eles poderiam destruí-lo. Ele era tão miserável – você não pode imaginar – que ele apanharia pontas de cigarros dos cinzeiros de seus hóspedes e então as fumava. O mais rico dos homens no mundo fumando pontas de cigarros fumados pelos outros! A primeira coisa que ele fazia quando um hóspede ia embora era procurar nos cinzeiros e juntar as pontas dos cigarros.
Quando ele morreu, seu maior diamante foi encontrado dentro de seus sapatos sujos. Ele o estava escondendo nos sapatos! Talvez ele tivesse alguma idéia por trás disso – que talvez ele pudesse ser capaz de levá-lo consigo para o outro mundo. Talvez ele estivesse assustado: “Quando eu estiver morto, podem roubá-lo”. Era o maior diamante; e ele usava esse diamante como peso sobre papéis em sua mesa. Antes de morrer ele deve tê-lo colocado dentro de seus sapatos.
Até mesmo quando a pessoa está morrendo, ela é movida por velhos hábitos. Seguindo antigos padrões. Ouvi contar:

O velho Mulla Nasruddin tornou-se um homem muito rico. Quando ele sentiu a morte se aproximando ele decidiu fazer alguns arranjos para seu funeral, assim ele solicitou um belo caixão feito da madeira de ébano com travesseiros de cetim por dentro. Ele também tinha um bonito cafetã de seda feito para vestir seu cadáver.
No dia em que o alfaiate entregou o cafetã, Mulla Nasruddin o provou para ver como ficaria, mas de repente ele exclamou, “Que é isso! Onde estão os bolsos?”

Fumar ou não fumar, não é importante. Talvez se você continuar fumando você poderá morrer um pouco mais cedo. E daí? O mundo está tão superpovoado, você estará fazendo algum bem em morrer um pouco mais cedo. Talvez você venha a ter uma tuberculose. E daí? Tuberculose é agora quase como um resfriado comum. De fato, não há nenhuma cura para o resfriado comum, mas há uma cura para a tuberculose, sei disso porque sofro de um resfriado comum. Ter tuberculose é ser sortudo.
Assim é possível que você possa morrer dois anos mais cedo, você pode pegar tuberculose – mas isso não é um pecado. Não se preocupe com isso. Se você realmente quiser fazer alguma coisa com sua vida, deixar de fumar não irá ajudar – porque conheço pessoas que deixam de fumar; então começam a mascar chiclete. A mesma velha estupidez! Ou se eles são Indianos eles começam a mascar pan; é a mesma coisa. Você irá fazer uma coisa ou outra. Sua inconsciência exigirá alguma atividade, alguma ocupação. Isso é uma ocupação. E é somente um sintoma; não é realmente o problema. Não é a raiz do problema.
Você nunca observou? Quando você se sente emocionalmente perturbado você imediatamente começa a fumar. Isso lhe dá uma espécie de alívio; você fica ocupado. Sua mente é distraída do problema emocional. Quando as pessoas ficam tensas, elas começam a fumar. O problema é a tensão, o problema é uma perturbação emocional – o problema está em outro lugar; fumar é apenas uma ocupação. Assim você fica engajado em levar a fumaça para dentro e para fora e por um momento você esquece... Porque a mente não pode pensar em duas coisas ao mesmo tempo, lembre-se disso. Um dos fundamentos da mente é: ela só pode pensar uma coisa de cada vez; ela é unidimensional. Portanto se você está fumando e pensando no fumar, assim você se distrai de todas as outras ansiedades.

Esse é todo o segredo dos assim chamados mantras espirituais: eles não são nada a não ser distrações, como fumar. Você repete “Om, Om, Om,” ou “Ram, Ram, Ram,” ou “Allah, Allah, Allah,” – isso está apenas dando uma ocupação para a mente. E todas essas pessoas que ensinam mantras dizem, “Repita-os tão rápido quanto possível, para que entre duas repetições não haja nem um pequeno intervalo. Deixe que se sobreponham – assim ‘Ram Ram Ram’ – não deixe um intervalo entre dois Rams, senão algum pensamento pode entrar. Repita-o como um maluco!”
Sim, isso lhe dará um certo alívio – o mesmo alívio que vem do fumar, porque sua mente será distraída das ansiedades e do mundo. Você irá esquecer do mundo; você criou um truque. Todos os mantras são truques, mas eles são espirituais. O fumo inveterado também é um mantra. É um mantra universal; você pode chamá-lo de não religioso, secular.
O problema real é o hábito.
Você diz: “Tenho tentado arduamente abandoná-lo...”
Você ainda não tentou ficar cônscio disso, sem se tornar cônscio você tentou abandoná-lo. Isso não é possível. Ele voltará porque sua mente é a mesma; suas necessidades são as mesmas, seus problemas são os mesmos, suas ansiedades, tensões são as mesmas, suas angústias são as mesmas. E quando essas ansiedades surgem, o que você fará? Imediatamente, mecanicamente, você irá começar a procurar pelos cigarros.
Você pode ter decidido repetidas vezes, e repetidas vezes você fracassou – não por que fumar seja um tal fenômeno que você não possa sair fora dele, mas porque você está tentando a partir do fim errado. Ao invés de ficar cônscio de toda a situação – porque você fuma em primeiro lugar – ao invés de ficar cônscio do processo de fumar, você está simplesmente tentando abandoná-lo. Isso é como podar as folhas de uma árvore sem cortar as raízes. E todo meu interesse aqui é cortar as raízes, não podar a árvore.
Podando as folhas e os galhos, a árvore ficará mais espessa, a folhagem ficará mais espessa. Você não irá destruir a árvore; de fato, você estará ajudando-a. Se você realmente quer dar o fora disso você terá que olhar mais profundamente, não nos sintomas, mas nas raízes. Onde estão as raízes?
Você deve ser uma pessoa profundamente ansiosa e reprimida, do contrário o fumar inveterado não é possível; o fumar inveterado é um subproduto. Você deve estar tão preocupado com mil e uma perturbações íntimas, você deve estar carregando um fardo pesado de preocupações em seu coração, em seu peito, que você nem mesmo sabe como esquecê-los. Você não sabe como abandoná-los; fumar pelo menos lhe ajuda a esquecê-los.
Você diz: “Tentei duro…”
Agora uma coisa tem que ser entendida. A hipnose descobriu uma lei fundamental; eles a chamam de A Lei do Efeito Contrário. Se você tentar arduamente fazer alguma coisa sem entender os fundamentos disso, o resultado será exatamente o oposto.
Isso é como quando você está aprendendo a andar de bicicleta. Você está numa estrada silenciosa, nenhum tráfego, de manhã cedo e você vê um marco vermelho de pé ao lado da estrada como Hanuman. Uma estrada de sessenta pés de largura e com apenas um pequeno marco fica assustado: você pode apanhar o marco, você pode bater no marco. Agora você esquece da estrada de sessenta pés de largura. De fato, mesmo que você vá com uma venda nos olhos não haverá muita chance de você bater no marco, colidir com o marco, mas com os olhos abertos, agora toda a estrada é esquecida; você ficou concentrado. Em primeiro lugar, esse vermelho é muito concentrador. E você está tão assustado, você quer evitá-la. Você esqueceu que você está numa bicicleta; você esqueceu de tudo. Agora o único problema para você é como evitar essa pedra; do contrário você pode se machucar, você pode colidir com ela.
Agora a colisão é absolutamente inevitável; você está destinado a colidir com a pedra. E então você se surpreenderá: “Tentei arduamente”. De fato, é porque você tentou duro que você atingiu a rocha. E quanto mais perto você chega, mais você tenta evitá-la; mas quanto mais você tentar evitá-la, mais concentrado você fica nisso. Isso se torna uma força hipnótica, lhe hipnotiza. Torna-se como um imã.
É uma lei da vida muito fundamental. Muitas pessoas tentam evitar muitas coisas e acabam caindo nestas mesmas coisas. Tente evitar alguma coisa com grande esforço e você está fadado a cair no mesmo buraco. Você não pode evitá-lo; esse não é o caminho para evitá-lo.
Fique relaxado. Não se esforce muito, porque é através do relaxamento que você pode se tornar cônscio, não tentando arduamente. Fique calmo, quieto, silencioso.

Vou sugerir: fume tanto quanto você puder. Isso não é um pecado em primeiro lugar. Dou-lhe a garantia – Eu serei responsável. Tomo o pecado sobre mim mesmo, assim, se você encontrar Deus no dia do julgamento você pode dizer que esse companheiro é responsável. E estarei lá como uma testemunha para você, de que você não é responsável. Então não se preocupe sobre disso ser um pecado. Relaxe e não tente deixar de fumar com esforço. Não, isso não irá ajudar.
O Zen acredita num entendimento sem esforço. Portanto, essa é minha sugestão: fume tanto quanto você quiser fumar – apenas fume meditativamente. Se o pessoal do Zen pode tomar chá meditativamente, porque você não pode fumar meditativamente? De fato, o chá contém o mesmo estimulante que os cigarros; é o mesmo estimulante, não há muita diferença. Fume meditativamente, muito religiosamente. Faça disso uma cerimônia. Tente do meu jeito.
Reserve um pequeno canto em sua casa um lugar só para fumar: um pequeno templo devotado, dedicado ao deus do fumo. Primeiro curve-se diante de seu maço de cigarros. Bata um papo com ele, fale com os cigarros. Pergunte, “como vocês estão?” E então, muito lentamente pegue um cigarro – muito lentamente, tão lento quanto você possa, porque somente se você pegá-lo lentamente você estará consciente. Não faça isso de uma maneira mecânica, como você sempre faz. Então bata com o cigarro no maço muito lentamente e por tanto tempo você quiser. Também não há nenhuma pressa. Então peque o isqueiro, curve-se para o isqueiro. Estes são grandes deuses, divindades! Luz é Deus, então porque não o isqueiro?
Então comece a fumar muito lentamente, assim como a Vipassana. Não o faça como a pranayama – rápida, ligeira e profunda – mas muito lentamente. Buda diz: Respire naturalmente. Assim você fuma naturalmente: muito lento, nenhuma pressa. Se for um pecado você ser apressado. Se isso é um pecado você gostaria de acabar tão rápido quanto possível. Se for um pecado você não quer olhar para ele. Você prossegue lendo o jornal enquanto fuma. Quem quer olhar para um pecado? Mas isso não é um pecado, assim observe-o – observe cada um de seus atos.
Divida seus atos em pequenos fragmentos, assim você pode se mover vagarosamente. E você se surpreenderá: observando seu fumar, lentamente, isso irá diminuir, cada vez menos. E um dia, de repente... Ele se foi. Você não fez nenhum esforço para deixá-lo; o hábito se foi por si mesmo, porque se tornando consciente de um padrão morto, uma rotina, um hábito mecânico, você criou, você liberou, uma nova energia da consciência em você. Somente essa energia pode ajudá-lo. Nada mais poderá ajudá-lo.
Isso não é somente com o fumar, é assim com tudo mais na vida: não tente duramente mudar a si mesmo. Isso deixa cicatrizes: Mesmo que você mude, sua mudança permanecerá superficial. E você irá encontrar um substituto em algum lugar; você terá que encontrar um substituto, senão você se sentirá vazio.
Quando alguma coisa definha por si mesma, devido a que você se tornou tão silenciosamente cônscio da estupidez dela que nenhum esforço é necessário, quando isso simplesmente cai, assim como uma folha morta caindo de uma árvore, não deixa nenhuma cicatriz e não deixa nenhum ego para trás.
Se você abandona algo com esforço, isso cria um grande ego. Você começa a pensar; “Agora sou um homem muito virtuoso porque não fumo”. Se você pensa que fumar é um pecado, obviamente, se você o abandona você irá pensar que você é um homem muito virtuoso.
Eis como é seu homem virtuoso. Alguém que não fuma, alguém que não bebe, alguém que come somente uma vez por dia, alguém que não come durante a noite, alguém que parou até mesmo de beber água a noite... E todos eles são grandes santos! Estas são qualidades santificadas, grandes virtudes! Tornamos a religião tão tola. Ela perdeu toda sua glória. Ela ficou tão estúpida quanto às pessoas. Mas a coisa toda depende de sua atitude: se você acha que algo é um pecado, então sua virtude será exatamente o oposto disso.
Eu enfatizo: não-fumar não é uma virtude, fumar não é um pecado; consciência é virtude, inconsciência é pecado. E então a mesma lei é aplicável a toda sua vida.

Osho, Extraido de: Ah, This!

sábado, 16 de junho de 2012

Yellow Submarine e Física Quântica

Pode-se pensar que O filme Yellow Submarne é só uma pira de acido, mas isso está errado.

Nesse trecho do filme, apenas está falando sobre algo que ainda nos parece novidade quase 50 anos depois (do filme), a teoria Quântica

Viajando pelo "mar do tempo" Os Beatles, ficando cada vez mais velhos, olham para outro submarino igual ao deles e com pessoas iguais à eles.

A conclusão dos besouros é: aquele submarino somos nós, voltando no tempo, enquanto nós aqui avançamos.

Física quântica di-da-ti-ca






"O problema da flecha do tempo sempre fascinou os espíritos. Nosso nível macrofísico caracteriza-se pela irreversibilidade (a flecha) do tempo. Caminhamos do nascimento para a morte, da juventude para a velhice. O inverso é impossível. A flecha do tempo está associada à entropia, ao crescimento da desordem. Por outro lado, o nível microfísico caracteriza-se pela invariância temporal (reversibilidade do tempo).Tudo se passa como se, na maioria dos casos, um filme rodado no sentido inverso, produzisse exatamente as mesmas imagens do que quando rodado no sentido correto."

Basarab Nicolescu - O Manifesto da Transdisciplinaridade











segunda-feira, 14 de maio de 2012

"Ele simplesmente continuou com o jeito alegre dele."


Fonte: Folha de S.Paulo, 14/05/12, Caderno The New York Times
ESTILO DE VIDA VERDE
*
*Um reduto hippie na mira da lei*
*
Colônias de vermes para compostagem violam leis locais
* POR PATRICIA LEIGH BROWN
*LAGUNITAS, Califórnia* - Para chegar à propriedade de David Lee Hoffman,
vire à direita na torre do sino e cruze o fosso. Suba a escada de tijolos
até o Palácio dos Vermes e a deslumbrante vista da Torre do Chuveiro a
Energia Solar.

Não tem como errar.
Há 40 anos, Hoffman, 67, especialista em raras folhas de chá envelhecidas,
constrói um imóvel de inspiração sino-tibetana num morro íngreme deste
bastião hippie no oeste do condado Marin, onde a principal loja vende
roupas "feitas com paz e amor".

Mas agora a vida sustentável de Hoffman está em atrito com as autoridades
do condado, por causa de alvarás cuja exigência ele repetidamente ignora. O
caso, nas mãos de um juiz administrativo estadual, divide seus vizinhos.
O condado não está nada satisfeito com as cerca de 30 estruturas que ele
construiu ao longo dos anos. A principal preocupação é com a
vermicompostagem, em que colônias de vermes transformam dejetos em húmus. A
água do chuveiro e da cozinha flui para o fosso superior, junto com os
restos de comida digeridos no Taj Mahal dos vermes. A "água cinza"
resultante disso passa por filtros antes de ser canalizada para o jardim,
onde alimenta batatas, verduras e legumes diversos.

Hoffman e sua mulher, Ratchanee Chaikamwung, uma tailandesa conhecida como
Bee, lavam a louça com cascas de ostras e cinzas de madeira. Em vez de
privada, usam recipientes com um sistema de compostagem com vermes.
Latrinas com compostagem são proibidas no condado Marin.

A possibilidade de os fossos transbordarem para um riacho nos arredores é
outra preocupação. "Avisamos muitas vezes ao David sobre solicitar alvarás
de construção", disse Debbi Poiani, chefe de fiscalização do condado. "Ele 
simplesmente continuou com o jeito alegre dele."

A procura de Hoffman por produtores artesanais de chá na China foi tema de
um documentário de 2007, "All in This Tea", de Les Blank e Gina Leibrecht.
Incluindo uma adega para envelhecer folhas e uma casa de chá, o complexo de
Hoffman, que ele chama de Last Resort ("último recurso" ou "último
refúgio"), é meio reino himalaico, meio ferro-velho.

"Eu quis mostrar que há maneiras não poluentes distintas para viver no
planeta", explicou Hoffman. O condado não se convenceu e entregou ao casal
um aviso para "cessar a ocupação" até que um sistema séptico aprovado seja
instalado, e que os edifícios, muros e fossos sejam adequados ao código
urbano. Hoffman também enfrenta US$ 200 mil em multas por construir sem
alvará e por manter em funcionamento a Phoenix Collection, seu mais novo
negócio no setor de chás.

Mas ele tem simpatizantes. Em carta ao condado, um vizinho argumentou que
Hoffman "ajuda a colocar Marin no mapa como um lugar de criatividade e
originalidade ímpares".

Hoffman recusou-se a lutar na Guerra do Vietnã por razões de consciência.
Passou um ano mochilando pela Ásia até se radicar em Marin, em 1973. Antes
do chá, inventou um processo para limpar tecidos antigos com vibrações
sonoras.

Para construir o telhado da casa de chá, Hoffman recrutou ex-artistas do
Cirque du Soleil. "Eu fiz o que senti que era certo", afirmou ele sobre sua
criação. "Meu amor pelo planeta é maior do que o meu medo da lei."

domingo, 22 de abril de 2012

Aforismo de domingo, só os nerds sabem...


"Se a pulga fosse construir um ritual, seria sobre o cão"

Wittgenstein

terça-feira, 10 de abril de 2012

ATENÇÃO: Pondera e Cautela

São vitais para uma vida plena.

Em excesso são prejudiciais.

melhor é PonderAÇãO.

"Portanto, essa é uma das leis básicas das energias internas – sempre deixar os opostos polares chegarem numa posição igual, e assim você será capaz de sair fora delas." OSHO

Extraído do site osho.com

O Jeito do Homem Astuto 
Osho, posso sentir me movendo da raiva para a tristeza. Não sei se devo tentar e eliminar a raiva ou apenas permitir que ela expluda dentro.
Raiva e tristeza são ambas a mesma. A tristeza é raiva passiva e raiva é tristeza ativa. Devido a que a tristeza chega fácil, a raiva parece ser difícil porque você está muito em sintonia com o passivo.

É difícil para uma pessoa triste ficar com raiva. Se você puder fazer uma pessoa triste ficar zangada a tristeza dela irá desaparecer imediatamente. Será muito difícil para uma pessoa raivosa ficar triste. Se você puder fazê-la triste, a raiva dela irá desaparecer imediatamente.

Em todas nossas emoções a polaridade básica continua – do homem e da mulher, yin e yang, o macho e a fêmea. Raiva é macho, tristeza é fêmea. Então se você estiver em sintonia com a tristeza, é difícil mover-se para a raiva, mas eu gostaria que você se movesse. Só explodi-la dentro não irá ajudar muito porque novamente você estará procurando algum meio de ser passivo. Não. Traga-a para fora, expresse-a. Mesmo que pareça bobagem, seja um bufão para você mesmo, mas traga-a para fora.

Se você puder flutuar entre a raiva e a tristeza, ambas se tornam igualmente fáceis. Você terá uma transcendência e assim você será capaz de observar. Você pode ficar por trás da tela e observar esses jogos, e então você pode ir além de ambas. Mas primeiro você precisa se mover facilmente entre ambas, do contrário você tende a ficar triste e quando a pessoa fica pesarosa, a transcendência fica difícil.

Lembrem-se, quando duas energias, energias opostas, são exatamente iguais, meio a meio, dessa forma é muito fácil sair fora delas, porque elas estão lutando e cancelando uma a outra e você não fica nas garras de ninguém. Sua tristeza e sua raiva estão meio a meio, energias iguais, assim elas se anulam uma a outra. Subitamente você fica em liberdade e você pode sair fora. Mas se a tristeza for setenta por cento e a raiva trinta por cento, então é muito difícil. Trinta por cento de raiva em contraste com setenta por cento de tristeza significa que quarenta por cento de tristeza ainda estará lá e não será possível, você não estará capacitado de sair fora facilmente. Esses quarenta por cento irão pairar sobre você.

Portanto, essa é uma das leis básicas das energias internas – sempre deixar os opostos polares chegarem numa posição igual, e assim você será capaz de sair fora delas. É como se duas pessoas estivessem brigando e você pode fugir. Elas estão tão engajadas com elas mesmas que você não precisa se preocupar e você pode escapar. Não ponha a mente nisso. Apenas faça disso um exercício.

Você pode fazer disso um exercício diário; esqueça de esperar isso acontecer. Todo dia você precisa ficar zangado – isso será mais fácil. Então pule, exercite-se, grite e traga a raiva. Uma vez que você for capaz de trazê-la sem nenhum motivo, você ficará muito feliz porque agora você tem liberdade. Do contrário, a raiva é dominada pelas situações. Você não é um mestre dela. Se você não pode trazê-la, como você pode abandoná-la? Gurdjieff costumava ensinar seus discípulos nunca começar abandonando coisa alguma. Primeiro comece trazendo para dentro, porque só a pessoa que pode criar a raiva à vista pode ser capaz de abandoná-la à vista – matemática simples. Assim Gurdjieff diria a seus discípulos para primeiro aprender como ficar com raiva. Todos estariam sentados e subitamente ele diria, “Número um, fique de pé e com raiva!” Isso parece tão absurdo.

Mas se você puder trazê-la… E ela está sempre disponível, bem perto, você só precisa puxá-la para dentro. Ela vem facilmente quando ninguém provê uma desculpa. Alguém lhe insulta – ela está lá. Assim porque esperar pelo insulto? Porque ser dominado pelo outro? Porque você não pode trazê-la você mesmo? Traga-a por si mesmo!

No princípio parece um pouco inconveniente, estranho, inacreditável, porque você sempre acreditou na teoria de que é outro alguém cujo insulto criou a raiva. Isso não é verdade. A raiva sempre esteve lá, alguém apenas deu uma desculpa para ela aparecer. Você pode dar uma desculpa a si mesmo. Imagine uma situação na qual você ficaria com raiva e fique raivoso. Fale para as paredes e diga coisas, e logo a parede estará falando para você. Apenas fique completamente maluco. Você precisa trazer a raiva e a tristeza para uma posição similar, onde elas fiquem na mesma proporção uma para a outra. Elas irão anular uma a outra e você pode cair fora.

Gurdjieff costumava chamar isso de “a maneira do homem astuto” (the way of the sly man) – trazer energias internas para um conflito tal que elas fiquem engajadas anulando uma a outra, e você tem a oportunidade de escapar. Tente isso, hum?

Osho, Extraído de: Get Out of Your Own Way, Chapter 4


quarta-feira, 14 de março de 2012

Polyglot Blog: Palestra Gratuita: Linguagem Hipnótica e Comunicaç...

Palestra Gratuita: Linguagem Hipnótica e Comunicação

Venha descobrir como a linguagem hipnótica pode aprimorar sua comunicação.
Programa:
- O que é mente inconsciente?
- O que é hipnose?
- Mitos e verdades da Hipnose
- Comunicação eficaz
- Aplicações em diversas áreas profissionais
Datas: Segunda-feira, 19/03 ou Terça-feira, 27/03
Horário: das 19:30 às 20:30 
Facilitador: Murillo C. Cucatto - Pós-graduado em Programação Neurolinguística; Hipnoterapeuta; mais de 12 anos de experiência; Master em Hipnose Clínica pela Academia Internacional de Hipnose (Navarra - Espanha); iniciado em terapias energéticas Reiki Usui, Osho, Tibetano.
Contribuição: 1 kg de alimento não perecível para doação à CRESBH.
Local: Polyglot - Av. Camilo di Lellis, 392 - Pinhais
Informações: (41) 3667-1434
Para fazer sua inscrição para o dia 19/03, clique aqui
Para fazer sua inscrição para o dia 27/09, clique aqui

sábado, 10 de março de 2012

Corrente do Bem


Por descuido meu, poderia ter colocado a culpa na pressa, nas muitas coisas para fazer, ou qualquer outra coisa, mas, na verdade foi descuido, fiquei sem gasolina. A moto chegou nos últimos esforços à um posto de gasolina, que seria minha salvação.

Seria, caso o posto não estivesse sem gasolina.

Sem saber o que fazer, já que era tarde da noite e minha moto não conseguiria sair dali, comecei a conversar com a frentista perguntando onde eram o posto mais próximo para que eu fosse a pé buscar gasolina.

Nisso, uma pessoa no posto ouviu a conversa e me ofereceu uma carona até o posto mais próximo. Era um caminhoneiro, marido da frentista, mas que nada tinha a ver com o assunto.

Relutando um pouco, aceitei a carona.

Eu, o caminhoneiro e seu filho, fomos de caminhão ao posto mais próximo (que não era assim tão próximo)

No caminho eu ofereci uma quantia de dinheiro pelo favor, cinco ou dez reais. O motorista não apenas negou como deu-me uma daquelas lições que parecem de fime.

Ele disse: "Não precisa me pagar nada, apenas faça algo de bom para alguém."

Boquiaberto, eu apenas consenti com a cabeça chegando no posto de gaasolina.

Comprei o combustivel e um chocolate para o filho do caminhoneiro, e voltei para o caminhão que me esperava.

De volta ao posto inicial, coloquei a gasolina na moto, despedi-me e segui meu rumo.


É coisa de filme. Muitos podem até achar algo brega. Fato é que quando você está precisando de algo, e uma coisa assim acontece, você percebe o quanto essas atitudes simples são importantes para o todo.

Fazer um trabalho volutário, dar um sorriso acompanhado de um "bom dia", e coisas simples são importantes para tornar o dia a dia melhor.

O mundo tem muitos problemas, é nosso dever ser parte da solução.

Abaixo uma cena do filme "A corrente do bem" que conta uma história bastante semelhante.

Uma ótima semana!

"Algumas pessoas acham que as coisas estão muito ruins para mudar, e aí elas desistem.

E quando elas desistem, todos perdem" - A corrente do Bem



segunda-feira, 5 de março de 2012

Filme: O Efeito Sombra - Deepak Chopra

Olá,

O Filme "O Efeito Sombra" de Deepak Chopra fala sobre um lado nosso que insistimos em não querer enxergar, o nosso lado sombra.

O lado sombra é tudo aquilo que rejeitamos, que não aceitamos, que pensamos que não deve ser mostrado, etc.

É comum as pessoas associarem esse lado com pecado, coisa feia, maldade, etc.

O filme traz uma ressignificação desse lado sombra, mostrando que estes possuem muita sabedoria e conhecimento que ainda não foram revelados.

Bom filme, e boas reflexões!



http://www.youtube.com/watch?v=tldkw2RjSWw




terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Gira sol



Quando chega o tempo, assim como nós, as flores se abrem para a fantástica experiência de existir.

E isso é muito bom... (só que mais!)

né?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Ditadura Econômica - próximo passo da "DEMOcracia" capitalista?

ADITAL - Notícias da América Latina e Caribe

03.02.12 - Mundo
Ditadura Econômica
 
Frei Betto
Escritor e assessor de movimentos sociais
Adital
 
A pobreza já afeta 115 milhões de pessoas nos 27 países da União Europeia. Quase 25% da população. E ameaça mais 150 milhões de habitantes.
Na Espanha, a taxa de desemprego atinge 22,8%. Grécia e Itália encontram-se sob intervenção branca, governados por primeiros-ministros indicados pelo FMI. Irlanda e Portugal estão inadimplentes. Na Bélgica e no Reino Unido, manifestações de rua confirmam que "a festa acabou”.
Agora, o Banco Central da União Europeia quer nomear, para cada país em crise, um interventor de controle orçamentário. É a oficialização da ditadura econômica. Reino Unido e República Tcheca votaram contra. Porém, os outros 25 países da União Europeia aprovaram. Resta saber se a Grécia, o primeiro na lista da ditadura econômica, vai aceitar abrir mão de sua soberania e entregar suas contas ao controle externo.
A atual crise internacional é muito mais profunda. Não se resume à turbulência financeira. Está em crise um paradigma civilizatório centrado na crença de que pode haver crescimento econômico ilimitado num planeta de recursos infinitos… Esse paradigma identifica felicidade com riqueza; bem-estar com acumulação de bens materiais; progresso com consumismo.
Todas as dimensões da vida – nossa e do planeta – sofrem hoje acelerado processo de mercantilização. O capitalismo é o reino do desejo infinito atolado no paradoxo de se impor num planeta finito, com recursos naturais limitados e capacidade populacional restrita.
A lógica da acumulação é mais autoritária que todos os sistemas ditatoriais conhecidos ao longo da história. Ela ignora a diversidade cultural, a biodiversidade, e comete o grave erro de dividir a humanidade entre os que têm acesso aos recentes avanços da tecnociência, em especial biotecnologia e nanotecnologia, e os que não têm. Daí seu efeito mais nefasto: a acumulação ou posse da riqueza em mãos de uns poucos se processa graças à desposessão e exclusão de muitos.
A questão não é saber se o capitalismo sairá ou não da enfermaria de Davos em condições de sobrevida, ainda que obrigado a ingerir remédios cada vez mais amargos, como suprimir a democracia e trocar o voto popular pelas agências de avaliação econômica, e os políticos por executivos financeiros, como ocorreu agora na Grécia e na Itália.
A questão é saber se a humanidade, como civilização, sobreviverá ao colapso de um sistema que associa cidadania com posse e civilização com paradigma consumista anglossaxônico.
Estamos às vésperas da Rio+20. E ninguém ignora que esta casa que habitamos, o planeta Terra, sofre alterações climáticas surpreendentes. Faz frio no verão e calor no inverno. Águas são contaminadas, florestas devastadas, alimentos envenenados por agrotóxicos e pesticidas.
O resultado são secas, inundações, perda da diversidade genética, solos desertificados… Há na comunidade científica consenso de que o efeito estufa e, portanto, o aquecimento global, resulta da ação deletérea do ser humano.
Todos os esforços para proteger a vida no planeta têm fracassado até agora. Em Durban, em dezembro de 2011, o máximo que se avançou foi a criação de um grupo de trabalho para negociar um novo acordo de redução do efeito estufa… a ser aprovado em 2015, e colocado em prática em 2020!
Enquanto isso, o Departamento de Energia dos EUA calculou que, em 2010, foram emitidas 564 milhões de toneladas de gases de aquecimento global. Isto é, 6% a mais do que no ano anterior.
Por que não se consegue avançar? Ora, a lógica mercantil impede. Basta dizer que os países do G8 propõem, não salvar a vida humana e do planeta, mas criar um mercado internacional de carbono ou energia suja, de modo a permitir aos países desenvolvidos comprar cotas de poluição não preenchidas por outros países pobres ou em desenvolvimento.
E o que a ONU tem a dizer? Nada, porque não consegue livrar-se da prisão ideológica da lógica do mercado. Propõe, portanto, à Rio+20 uma falácia chamada "Economia Verde”. Acredita que a saída reside em mecanismos de mercado e soluções tecnológicas, sem alterar as relações de poder, reduzir a desigualdade social e criar um mundo ambientalmente sustentável no qual todos tenham direito ao bem-estar.
Os donos e grandes beneficiários do sistema capitalista – 10% da população mundial – abocanham 84% da riqueza global e cultivam o dogma da imaculada concepção de que basta limar os dentes do tubarão para que ele deixe de ser agressivo…
[Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Marcelo Barros, de "O amor fecunda o Universo – ecologia e espiritualidade” (Agir), entre outros livros. http://www.freibetto.org/> twitter:@freibetto.
Copyright 2012 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar, faça uma assinatura de todos os artigos do escritor. Contato – MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br)].

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Palestra Gratuita: 

Atingindo suas metas em 2012
com auxílio do COACHING

A maioria das pessoas não planeja
fracassar, fracassa por não planejar
John L. Beckley






Venha descobrir o que é COACHING e como atingir suas metas em 2012

Conteúdo: O que é Coaching?

Data: 15 de FEVEREIRO (quarta feira)

Horário: 19:00 às 20:00

Investimento: GRATUITO

Facilitadora: 
 Marcia Coutinho  Krahforst
Doutorado em Psicologia na Alemanha
Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching
  
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