quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mania de perseguição alucinógena

“Definitivamente, minha vida não é um show de TV sobre mim”

Indaguei para uma moça na lanchonete:

- Será que o banheiro é ali?

Ela respondeu, meio incerta e contrariada, que deveria ser. Deixei meu capacete sobre a mesa, pensei que seria desagradável ir ao banheiro carregando um capacete. Entrei no banheiro e pensei que ela, talvez, fizesse parte de uma conspiração maléfica contra minha pessoa e que logo que eu entrasse no banheiro seus capangas, que me olharam estranho quando eu estava chegando à lanchonete, iriam roubar o capacete que eu havia recém comprado.


Para minha surpresa, quando saí do banheiro o capacete estava lá, intocado. A moça, uma japonesa gordinha que parecia um anime desses de desenho japonês, mexia em seu celular e nem sequer reparou a minha saída do banheiro. Paguei o desobstruidor de esôfago e ao sair da lanchonete, pensei: “A vida, definitivamente, não é um reality show sobre mim.”


Peguei a moto e, antes de chegar na faculdade, quase esbarrei em um fio desencapado caído do poste. Logo então pensei que, se tivesse encostado no fio, teria morrido eletrocutado.

Nunca mais como o lanche alucinógeno da empresa.

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